domingo, 21 de dezembro de 2014

O Medo escondido nos rituais


O medo é a única coisa entre você e os outros, entre si e as coisas... inclusivé o seu desejo de se tornar um curador. O medo é apenas a falta de amor, como a escuridão é a falta de luz. Tal como quando acendemos uma luz na escuridão ela se torna a única coisa presente, quando levamos amor a um lugar onde tem habitado o medo, descobrimos que o medo já lá não está.

Aquilo que permeia as ''técnicas'' de cura é ritual. O ritual preenche uma multiplicidade de vazios, inclusive o sentimento de não sermos, por nós mesmos, suficientes. Então, perpetuamos o vazio criando rituais à sua volta e, depois, perpetuamos o ritual criando beleza à sua volta ... e ritual em torno da beleza. Perpetuado na beleza, o ritual dá astuciosamente a volta e perpetua o vazio.

Desde muito cedo, procurei junto de outros respostas e informações. Embora tivesse perguntas a fazer a esses individuos, também eles tinham perguntas a fazer-me. A primeira pergunta foi : ''tem-se protegido?''. ''De quê ? ''Perguntei eu, olhando por cima do ombro.
Não sabiam. Sabiam apenas que lhes havia sido dito para se protegerem. Costumes, veneração da idade, velhas tradições. Mas, quem começou esse processo?
E porquê ?
Se um truísmo é repetido através dos tempos - e a verdade é a verdade - então é provavel que ainda hoje seja verdadeiro. E se uma coisa era falsa já no passado - e se a verdade ainda é verdade - então essa coisa permanece falsa.

Agora sente-se por um momento e segure-se e, se tiver um par de fios com dentes de alho segure-se porque estou prestes a contar-lhe algo que pode deitar abaixo alguns dos seus falsos princípios : o mal não existe.

Não há entidades cuja existência tenha como propósito andar por aí e destruir a sua vida ou esconder-se atrás das portas dos roupeiros em quartos escuros à espera do momento para saltarem e gritarem ''Boo'' ! E não só não tem primos que se penduram nos seus ombros e necessitam de ser removidos por via de sessões semanais ou mensais de cura ou que podem ser combatidos com caros pendentes de cristais. Pare de se lisonjear... são ficções e fantasias, fortalecidas apenas pelo seu medo. Se alguma destas entidades alguma vez existiu, agora estão mortas.
(...)
Alguns dos rituais fundados no medo :
Flores para manter os fantasmas à distância, sacudir as mãos, bacias com água, sal, alcool, velas (...).

Não podemos partir do amor enquanto reforçamos o conceito de medo. Enquanto cultura, decoramos os nossos medos com rituais e, depois, enganamo-nos a nós mesmos pensando que esses rituais são expressões do amor.  desvalorizamos a oração quando a usamos para proteção. (...) O mal é apenas um espetro de ilusão.
(...)
Não nos apercebemos de que damos mais poder àquilo que focamos a nossa atenção.

Se um fantasma circula por aí, não é por sua causa. Tem o seu próprio assunto para tratar, o seu próprio propósito para a interrupção do seu ciclo.

Quando tem um paciente e lhe diz para retirar objetos de cabedal e joalheria, o que está a dizer a si mesmo é que não é suficiente - que você e o que traz consigo são limitados por natureza.

É capaz de pôr flores numa sala apenas porque são bonitas e acender velas porque a luz suave faz parecer a sala mais acolhedora ? Claro que sim .

Eric Pearl , no Livro A RECONEXÃO, capítulo catorze
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Sessões de Cura Reconetiva e Reconexão :
Lisboa (Campo Pequeno) e Odivelas (Quinta Nova)
Ângela Antunes, Facilitadora formada por Eric Pearl e a sua equipa de Professores
Email: reconexao.angelaantunes@gmail.com